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Apr 9, 2021 - 2 minute read

CDU mostra-se na defesa da Praia Formosa e do interesse público

A CDU realizou hoje uma iniciativa política onde ficou bem patente a preocupação com “a cedência, por parte da Câmara Municipal do Funchal (CMF), aos interesses e lobys económicos que colocam em causa a Praia Formosa, enquanto espaço público e de acesso gratuito à população da Região Autónoma da Madeira”. Na ocasião, Herlanda Amado, deputada da CDU na Assembleia Municipal do Funchal, lembrou que “durante anos” têm vindo a intervir junto da CMF com vista a “garantir a defesa” deste espaço.

Lembra também que a CDU tem apresentado propostas que “garantem a defesa e preservação deste espaço, há mais de 20 anos, nem sempre aceites pela autarquia”. No entanto, adita, “os vorazes apetites económicos e imobiliários que têm tentado os vários executivos, desde o PSD ao PS, levaram ao abandono inaceitável desta área e a cedências a futuros interesses económicos privados, prejudicando todos os utilizadores da Praia Formosa”, atira.

A deputada da CDU recorda ainda que, em abril de 2018, na sessão da Assembleia Municipal do Funchal foi aprovada uma Proposta de Resolução da CDU onde foi deliberado que a Câmara Municipal do Funchal deveria desenvolver todos os mecanismos e instrumentos (quer de ordenamento do território, quer financeiros, entre outros) no sentido de criar as condições para a requalificação da Praia Formosa aos mais diversos níveis, dando cumprimento ao consagrado em sede de Plano Diretor Municipal.

Aponta que “ao longos dos últimos anos” têm sido feitas “muitas” denuncias pela CDU “sobre as irresponsabilidades perpetuadas e repartidas entre o Governo Regional e a Câmara Municipal do Funchal, sobre a degradação da maior praia de acesso livre no Funchal, transformada numa sucata e lixeira. Esta situação é não só irresponsável, mas recriminável a todos os níveis”.

“As potencialidades desta frente mar de excelência não têm sido aproveitadas e é urgente a salvaguarda deste património público, protegendo-o da especulação imobiliária, situação que já aconteceu em outras zonas da nossa Região com a destruição do litoral e a venda da orla costeira a pataco a interesses privados”, adita a Herlanda Amado.