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Mar 11, 2021 - 2 minute read

Campanha autárquica na Assembleia Regional

PSD e JPP proporcionaram um momento à parte, na manhã desta quinta-feira no plenário madeirenses, esgrimindo argumentos tendo como objeto a Câmara Municipal de Santa Cruz. Brício Araújo, potencial candidato do PSD na tentativa de destronar Filipe Sousa naquela autarquia, e Élvio Sousa, um dos deputados do JPP, envolveram-se numa acesa troca de palavras, projetando já aquilo que aí vem, também naquele município. “É inadmissível que o seu partido continue a aplicar uma taxa de proteção civil que é inconstitucional”, disse Brício Araújo, complementando que “não pode aqui evocar a Constituição e lá fora rasgar a Constituição”, após uma análise de Élvio Sousa, feita fora deste contexto. Élvio Sousa ripostou que a taxa de proteção civil “não é ilegal”, desafiando o social democrata a apresentar queixa nos tribunais. Aí, “se for ilegal, vamos devolver”. O líder parlamentar do JPP diz que se trata de “80 cêntimos por família” e que “foi necessário implementar para aguentar o município que vocês levaram à falência”, Brício Araújo voltou a se chegar à frente, para lembrar ao JPP que “têm de cumprir a lei e não é mediante o recurso ao tribunal”, acusando o JPP de estar “há oito anos a culpar os outros sem assumir os seus erros”. Brício disse que “ghá questões de proteção civil que não são dos municípios e são os munícipes de Santa Cruz que estão a pagar”. Quanto à eventual devolução e valores, “temo que da maneira que gastam o dinheiro para a campanha eleitoral, tenham que se endividar para o fazer”. Brício Araújo aproveitou ainda a oportunidade para criticar que “andam a anunciar que vão comprar os radares do aeroporto, que custam quatro milhões de euros, quando sabem que o Tribunal de contas nunca aprovaria essa despesa. Isto é enganar os madeirenses”. Com muitos sorrisos à mistura, Élvio Sousa constatou, então, que “o senhor deputado Brício Araújo também já foi à Quinta Vigia”, nessa alusão às reuniões com potenciais candidatos autarcas, que, de resto, mereceram a apresentação de um voto de protesto, por parte da bancada do PS, já nesta sessão plenária.