Num comunicado enviado à redação este domingo, a Câmara Municipal de Santa Cruz informa “que tem já os seus juristas a trabalharem no sentido de apresentar queixa na Polícia Judiciária com o objetivo de denunciar o bloqueio da página de Facebook institucional da autarquia”. “Há mais de uma semana que o Município está impedido de comunicar com os seus munícipes pelas redes sociais, uma ferramenta que tem sido um meio privilegiado de comunicação institucional. O Município acredita que o problema atual, que tem sido recorrente sempre em ano de eleições, prende-se com a existência de páginas antigas, cujas permissões de acesso sempre foram negadas pelos anteriores administradores dessas páginas desde que em 2013 o novo executivo tomou posse”, explicou a autarquia na mesma nota.

A Câmara de Santa Cruz mais afirmou ter certezas de que estes “ataques e alterações não autorizadas à sua página institucional têm razões políticas”.

Já no ponto de ordem de Filipe Sousa, presidente desta autarquia, que todos os domingos é publicado na página institucional do Município, o autarca lamenta toda esta situação, relembrando que esta situação acontece em todos os anos em que há eleições.

“Tudo porque os anteriores Senhores, que ainda se julgam donos disto tudo, levaram consigo os acessos à página institucional e nunca os devolveram ou revelaram (…) Infelizmente é isto que temos. Isto e muito mais. Enquanto bloqueiam a informação institucional num desdobrar de acusações via redes sociais, atacando de forma vil a mim é a minha equipa, aos meus colaboradores diretos e até à minha família”, disse.

“E depois, numa semana em que nos limitaram a nossa liberdade de informação, andam por aí num afã de divulgar mentiras. Por acaso (e claro que não é por acaso) numa semana em que um barómetro de popularidade política [divulgado pelo JM] coloca um presidente de Santa Cruz num terceiro lugar do pódio e esse mesmo presidente no lugar cimeiro do índice de satisfação da população relativamente aos autarcas”, continuou, considerando que os responsáveis por este bloqueio se tratam de “gente mesquinha”.

Em relação ao barómetro, Filipe Sousa diz que quando olha para este não sente “vaidade pessoal, mas vaidade da sua terra.

“Um concelho que apenas há oito ano era conhecido por ter credores à porta, por demorar três anos a pagar as contas, por estar endividado ao ponto de correr o risco de fechar a porta. E é esse concelho que em apenas oito anos salta para o primeiro lugar do reconhecimento do trabalho autárquico e para o terceiro lugar da popularidade política logo a seguir de um secretário regional e a um presidente do Governo”, acrescentou.

O presidente de Santa Cruz lança ainda críticas aos que “se gabam de fazer obras nas escolas que sempre foram competência do Governo e acusam a Câmara de não fazer obras que são do Governo Regional”.

“Pergunto aos santacruzenses quando é que tiveram, no tempo do PSD, livros e transporte gratuito no primeiro e segundos ciclos? Nunca! Pois… Quando é que, no tempo do PSD, tiveram bolsas de estudo para os nossos universitários? Nunca! Pois…”, questionou ainda.