Mulher a viver em Itália mas que visitou, pela primeira vez, em fevereiro, a ilha Dourada, está de malas feitas para viajar de vez para o Porto Santo, onde encontrou a paz que tanto procurava. Calor e hospitalidade
Amy Behrmann é brasileira, de onde saiu, com destino a Itália, com apenas 11 anos. A mãe casou com um italiano e levou a filha com ela. Até aqui, esta é uma história igual a muitas outras. Aquilo que mais nos toca é o facto de, em fevereiro deste ano, Amy Behrmann, que tem três filhas de tenra idade, ter visitado o Porto Santo pela primeira vez. E ficou tão encantada que já decidiu. Em junho, muda-se, de vez, para a ilha Dourada, onde encontrou paz, sol e muito amor como a que viveu na terra onde nasceu: Ceará. Amy Bhermann que já teve oportunidade de visitar a Madeira por duas vezes mas nunca teve tempo de apanhar o barco ou o avião e ir até ali ao lado, descobriu, este ano, que o Porto Santo é uma ilha encantadora. A conselho de amigos e também tendo em conta as vantagens de que a ilha estava praticamente segura relativamente à pandemia. A Vila Baleira faz lembrar a sua infância, quando passava nas ‘cidadedezinhas’ do litoral da sua região. O mar e o clima ameno despertaram em si, sensações únicas e esta “meio brasileira, meio italiana” quer viver em terras portuguesas. Ao JM, Amy Bhermann diz que o que mais a surpreendeu foi as belezas naturais e a hospitalidade do povo. “Toda a vez que se vai a um café ou restaurante sinto-me bem tratada e os preços são infinitamente mais baratos, comparando com a zona onde morto”. Considerando que é muito importante viver mais ao ar livre e em contacto com a Natureza”, a futura residente do Porto Santo explica que isso não acontece na província onde mora : Bolzano, bem no meio dos Alpes. Devido às temperaturas negativas e muita neve, as crianças quase não conseguem brincar ao ar livre. Sobre esta decisão, nem todos os amigos apoiaram. Mas Amy Bhermann acredita fortemente no estilo de vida minimalista. O que era qualidade de vida há 10 ou 20 anos não se mantém, para muitos, nos dias de hoje. Mas acredito que qualidade de vida é esta calma que se vive no Porto Santo. Por isso, muitos estrangeiros tiveram visão de futuro. “Qualidade de vida para mim é: fugir do frio, gastar nada com aquecimento da casa, ( uma fortuna todos os invernos), evitar o trânsito, comer alimentos frescos e genuínos a pouco preço, (peixe, verduras e frutas tropicais inclusive), poder tomar uma bica sempre que quiser ( não lhe tiram o couro como fazem aqui), poder estar ao ar livre muitas horas por dia”, diz ao JM, enquanto acrescenta que já está a procurar saber onde as crianças podem estudar e como funciona o sistema de saúde da Região.