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Mar 13, 2021 - 2 minute read

Bastonário dos médicos defende idade como critério predominante de vacinação

 O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, reiterou hoje a necessidade de uma simplificação do plano nacional de vacinação contra a covid-19 e defendeu que a idade deve ser o critério predominante. Vacinar por doença não é eficaz”, declarou Miguel Guimarães aos jornalistas, em Coimbra.

Na sua opinião, começar a vacinar em função da idade, dando prioridade aos cidadãos mais velhos, “seria uma boa atitude e um sinal de bom senso” e minimizaria a conflitualidade associada ao processo.

Para o bastonário da OM, essa opção permitiria também que a vacinação fosse “mais rápida de fazer”.

“Por idades, é mais fácil, as pessoas percebem, existem menos conflitos, é rápido de fazer e conseguimos atingir os objetivos mais cedo”, sublinhou, lançando este desafio à Direção-Geral da Saúde (DGS).

Miguel Guimarães falava na sede da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, após ter acompanhado o início da vacinação de mais de 600 médicos, a decorrer hoje e no domingo no Centro de Saúde Militar de Coimbra.

O bastonário, que coordena a campanha para a vacinação de todos os médicos do país, em articulação com o coordenador do plano nacional de vacinação contra a covid-19, vice-almirante Gouveia e Melo, disse que já foram vacinados mais de 3.000 médicos, numa operação que envolve estruturas militares de saúde de Lisboa, Porto e Coimbra, além do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve.

“Até agora, já tivemos de adiar [a vacinação de] quase 240 médicos, por terem tido a doença covid, uma matéria complexa que está em discussão neste momento com a DGS”, referiu, defendendo que estes profissionais “pelo menos devem fazer uma dose vacinal”, numa segunda fase.

Também “um conjunto grande de suplentes, que não se inscreveram atempadamente”, será contemplado numa fase posterior, segundo o bastonário.

Miguel Guimarães, que estava acompanhado do presidente do Conselho Regional do Centro, Carlos Cortes, e de outros responsáveis da OM, alertou ainda que o atraso no fornecimento das vacinas pelos fabricantes tem implicações na velocidade com que as pessoas são vacinadas.

“As indústrias farmacêuticas têm de cumprir com os objetivos”, nem que “peçam ajuda a outras” empresas do setor com capacidade para produzirem vacinas, preconizou.

Para tal, segundo o bastonário da Ordem dos Médicos, “a União Europeia tem de ser exigente e funcionar como um todo”.