A comentadora no programa Política 5.0 Rubina Berardo realçou que no barómetro encomendado à Intercampus e hoje divulgado na edição impressa do JM, que mostra a avaliação da população à prestação dos autarcas madeirenses, salienta-se “valores extremamente estáveis e homogéneos, até entre os próprios presidentes de câmara”. Os resultados relacionam-se com “a maior proximidade dos eleitos às câmaras em relação à população”, e com “a natureza dos órgãos autárquicos”.

Rubina Berardo destaca a “nota positiva para Carlos Teles na Câmara da Calheta, Ricardo Nascimento na Ribeira Brava, Emanuel Câmara no Porto Moniz e José António Garcês em São vicente”, porque “são aqueles presidentes que, nos concelhos onde vão a votos, estão em número um”.

Em termos de notoriedade, ganham os autarcas do Funchal, Santa Cruz e Câmara de Lobos, o que “revela a maior presença mediática e se calhar uma melhor estratégia de comunicação social destes autarcas face a outros”. Isto deverá “ser algo a contemplar” aquando da definição da estratégia para as próximas eleições autarcas, refere Rubina Berardo.

Numa avaliação global aos resultados, a comentadora apela para que “a pandemia não sirva de justificação para não chamar mais mulheres para a política e para os atos eleitorais”, uma vez que “quando olhamos para os ‘rankings’, são ‘rankings’ profundamente tingidos pela testosterona e existe aqui um desequilíbrio entre a realidade demográfica da Região e a presença de mulheres nestes lugares de eleição”. “Espero que a pandemia não seja utilizada pelos partidos políticos para justificar uma menor atração de mulheres para os cargos políticos neste ano de autárquicas”, concluiu.