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Apr 6, 2021 - 2 minute read

Aumento de infeções e crise política deixam madeirenses em alerta

A pandemia não dá tréguas no Brasil e o país está próximo dos 13 milhões de infetados. A instabilidade política após a renúncia de três comandantes das forças armadas adensa a apreensão da comunidade. A tragédia da pandemia no Brasil está a atingir números muito alarmantes que fica cada vez mais difícil dimensionar. As mortes já ultrapassaram as 331.000, números que colocam o país na cauda do mundo. Num país que está perto de atingir os 13 milhões de infetados e que vive o pior momento da pandemia, ainda existem grupos que negam a gravidade da mesma. Ainda assim, após terem sido impostas algumas medidas restritivas nas últimas semanas pelas autoridades em várias cidades do país, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, a curva epidemiológica está a registar um ligeiro declínio. Contudo, os especialistas temem uma nova subida após a Páscoa. Isto porque apesar dos decretos emitidos por governadores e prefeitos para restringir a circulação de pessoas, um juiz do Supremo Tribunal brasileiro autorizou a celebração de missas e festividades em todo o país neste Domingo de Páscoa. Pedro Gonçalves, jovem lusodescendente que vive em São Paulo, mostra-se preocupado com o desenvolvimento da pandemia em terras de Vera Cruz. Comunidade preocupada “Esta crise vem forte, muitas pessoas estão preocupadas com o que virá depois disto”, garantiu. Segundo o jovem, a situação pandémica “promete ficar pior”. “Alguns estudiosos dizem que neste mês de abril podemos chegar a 4 ou 5 mil mortos”, consequências, defende, “potencializadas pelo negacionismo”. Já Maria Sardinha, conselheira das comunidades madeirenses no Brasil, descreve uma certa “alienação e falta de empatia com as vítimas da covid” no país. Para a conselheira, “parte da população ainda não entendeu nada e segue com aglomerações em bares, festas clandestinas, praias e descanso em relação aos protocolos”. A terminar, defende que “a guerra política está a atrapalhar muito”. Este agravamento da crise sanitária continua a par do lento processo de vacinação no Brasil, devido à falta de doses disponíveis. Instabilidade política não ajuda Pela primeira vez na história do Brasil, os três comandantes das Forças Armadas pediram renúncia conjunta por discordarem do Presidente da República, na passada terça-feira. Após uma reunião com o ministro da Defesa, Bolsonaro demitiu-os como modo de afirmar autoridade num momento conturbado, avançava a Folha de São Paulo. Após esta demissão, o objetivo é de que a transição seja pacífica e controlada evitando-se muita agitação nos quartéis. A palavra de ordem é acalmar os ânimos, descreve a folha de São Paulo.