Rogério Correia, autoridade de saúde do Porto Santo, estima que até ao verão possa ter “50 cento” da população da ilha vacinada, sendo que já perto de mil receberam a vacina e de mês a mês este número aumenta. O médico conta chegar aos 70 por cento rapidamente, ou seja, ao valor que de acordo com o que vem sendo transmitido pelas autoridades de saúde permite a imunidade geral. O delegado de saúde mostra-se confiante no andamento do plano de vacinação que, no caso da ilha dourada, prossegue depois de amanhã, Sexta-feira Santa, com a inoculação de mais 400 pessoas, umas pela primeira vez e outras pela segunda, e entre elas profissionais das escolas (docentes e não docentes). O médico é um acérrimo defensor do confinamento que está a ser implementado e pede a máxima compreensão aos empresários e demais população afetada pelas restrições em vigor nesta época de férias da Páscoa. Em declarações ao JM, ontem, o clínico afirma que é um grande erro pensar-se que por não haver casos de covid-19, no Porto Santo, é tempo de desconfinar, quando a doença continua ativa nos locais emissores de visitantes, como é o caso da Madeira. Procurando reavivar a memória das pessoas, recorda os dois casos detetados entre o final de dezembro e o início de janeiro, depois de um alívio das regras, que deram origem a cadeias com 36 casos positivos e mais de duas centenas de contactos de alto risco isolados e até uma morte. Foi assim, segundo disse, que, de uma semana para a outra, o Porto Santo passou a concelho de risco “extremamente elevado”. Rogério Correia lamenta o transtorno, mas, seguindo a evidência científica, não vê outra solução depois de a barreira sanitária inicial, do controlo nos aeroportos, se ter revelado insuficiente para travar a pandemia na Região. Confinar e vacinar são, para o médico, duas variáveis muito importantes no momento atual. IC FOTO JM