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Apr 23, 2021 - 2 minute read

Associações de imprensa manifestam preocupações a António Costa

Conselho de Ministros para a Cultura, realizado no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia, não tratou de questões relevantes para o setor dos media em Portugal. As Associação Portuguesa de Imprensa, Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, a Associação Portuguesa de Radiodifusão e a Associação de Rádios de Inspiração Cristã, como representantes de operadores e editores de órgãos de comunicação social que empregam mais de 50% dos jornalistas em Portugal e contactam regularmente mais de 60% dos portugueses, dirigiram hoje ao Primeiro Ministro, António Costa, uma carta onde manifestam a sua preocupação por o Conselho de Ministros para a Cultura, realizado no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia, não ter tratado de questões relevantes para o setor dos media em Portugal.

As Associações do setor expressaram a sua preocupação com o facto de a Lei Orgânica do Governo estabelecer que a Cultura é a área executiva em que se insere a atividade da comunicação social, temendo que não se verificará uma nova oportunidade para, antes da implementação do Plano de Recuperação e Resiliência, hoje enviado para Bruxelas, fazer uma avaliação e atribuição de apoios que assegurem a manutenção do ambiente mediático em Portugal.

Os mesmos responsáveis relembraram o Primeiro Ministro que, nos últimos meses, “acentuaram-se as condições negativas resultantes da contração económica motivada pela pandemia, o que tem como consequência um continuado recuo do investimento publicitário na rádio, na televisão e na imprensa, acompanhado pela queda das vendas de publicações e outros suportes, em papel e digital, em virtude da redução do número de pontos de venda e das crescentes atividades de pirataria e de desinformação”.

A terminar esta comunicação enviada ao responsável pelo Governo, as Associações manifestaram, além das preocupações com o setor, “a esperança de que muito brevemente possamos contar com a atenção e o interesse do Governo para os problemas do nosso setor, cujos impactos ultrapassam muito a sua dimensão estatística, pois constitui um elemento fundamental da Democracia em que todos queremos viver, da luta contra a iliteracia e a desinformação, vital neste momento de pandemia e da afirmação cultural de Portugal na Europa e no Mundo”.