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Feb 26, 2021 - 2 minute read

“As pessoas que vieram para cá dinamizaram a nossa economia”

Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, defendeu em entrevista no programa ‘Atlântida’, da RTP-Madeira, a utilidade que os emigrantes regressados têm para a economia local. “As pessoas vieram para cá, foram bem acolhidas, estão integradas, vieram dinamizar a nossa economia devido aos hábitos de trabalho e à própria dinâmica empresarial. Estão perfeitamente integrados e são sempre bem-vindos”, descreveu. Para o presidente do Executivo regional, o ruído que pairava em torno destes regressos já se esfumou, até porque, “na altura, estávamos com condições de crescimento económico muito favorável e de empregabilidade”. Albuquerque aproveita a entrevista para deixar um desabafo. “Devido à burocracia portuguesa, que é uma coisa terrível, muitos dos nossos conterrâneos que regressaram da Venezuela licenciados, sobretudo na área da saúde, médicos, engenheiros, advogados, tiveram uma grande dificuldade em ter equivalência nos seus certificados profissionais”, lamentou. Muitos deles acabaram por deslocar-se ao país vizinho para obterem o desejado reconhecimento das habilitações. “Por conseguinte, foram para Madrid. Em Portugal é tudo um inferno, uma dificuldade. Essas pessoas, muitas delas até tinham trabalhado em Miami, muitos médicos, alguns até vieram falar comigo. Eu disse «a burocracia nacional é de te tal ordem que é melhor vocês irem para Madrid para obterem as vossas qualificações»”, confessou. Sobre a comunidade madeirense no Reino Unido, o governante garante que o Brexit não está a trazer grandes problemas. A dúvida prende-se nas trocas comerciais. “Não tem havido tantos problemas como era expectável, porque a nossa comunidade, parte da nossa comunidade no Reino Unido, está bem integrada, muitos deles, mesmo os que não tinham os papéis em ordem, neste momento grande parte já os tem”, contou.Para o presidente, o grande problema do Brexit deverá residir na importação de bens do Reino Unido. Miguel Albuquerque espera retomar as visitas às comunidades assim que a pandemia permitir.