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May 5, 2021 - 2 minute read

ARIC repudia declarações do presidente do sindicato

A ARIC – Associação de Rádios de Inspiração Cristã repudiou ontem, em comunicado, as declarações proferidas pelo presidente da delegação regional da Madeira do Sindicato de Jornalistas na Assembleia Regional da Madeira no âmbito da Comissão Especializada Permanente de Política Geral e Juventude. A missiva, assinada por Paulo Ferreira, refere que, na ocasião, António Macedo referiu que as rádios na Madeira “estão mortas” e “são deploráveis”, facto que “evidencia um total desconhecimento da forma como as rádios madeirenses funcionam, apresentando o ponto de vista do jornalista profissional que é e ignorando que a rádio engloba vários outros profissionais”.

Segundo a perceção da ARIC, “as emissoras na Madeira não estão mortas. As Rádios têm dificuldades? Claro que têm, mas daí até serem consideradas mortas vai um passo de gigante. E do que estamos a falar quando nos referimos às Rádios da Madeira? Numa primeira abordagem na Região Autónoma da Madeira o universo das rádios está ligado à vida de pessoas. Ou seja, estamos a falar em cerca de 90 profissionais dos quais se contam 23 Jornalistas”.

Para além disto, acrescenta o comunicado, “estas nove dezenas de pessoas conseguem viabilizar o negócio quer das emissoras, incluindo as do Estado, quer também os negócios dos clientes de publicidade, que elegem a rádio como meio de comunicação preferencial”.

Assim sendo, e “em nome destes noventa profissionais, em nome das suas famílias, em nome dos anunciantes que elegem a rádio como meio de transmissão de mensagens, em nome das populações que veem a realidade das suas vidas transmitida diariamente pelas ondas hertzianas, em nome de quem escolhe a radio para pedir a musica que quer ouvir, quer seja através da votação nos tops, quer seja nos discos pedidos, em nome de quem interage regularmente com as redes sociais das rádios”, a ARIC gostaria de dizer “que a Rádio na Região Autónoma da Madeira não está morta tal como não estão mortas as pessoas que dela dependem e com as quais nos cruzamos diariamente nas ruas”.

A concluir, a ARIC deixa uma questão: “Quando o presidente do sindicato da delegação regional da Madeira alega precariedade no jornalismo, relembramos que o contrato coletivo de trabalho da classe está tão obsoleto que a um jornalista de primeiro grupo está atribuído um valor inferior ao salário mínimo. E não deveria ser papel do sindicato procurar alterar esta situação?”