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Apr 6, 2021 - 2 minute read

António Costa admite atrasos na vacinação devido a “berbicacho” com AstraZeneca

O primeiro-ministro reconheceu hoje que se a Agência Europeia do Medicamento (EMA) confirmar a existência de um “berbicacho” com a vacina da AstraZeneca, os planos de vacinação na União Europeia poderão ser mais morosos. António Costa falava em conferência de imprensa, em São Bento, no final de uma reunião por videoconferência com os presidentes de câmaras dos sete municípios que registam mais de 240 casos de covid-19, quando foi questionado acerca das declarações de Marco Cavaleri, responsável pela estratégia de vacinação na EMA, que assumiu hoje a existência de uma “ligação” entre a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca e os casos de tromboembolismos após a sua administração.

Quanto a esta situação, o chefe do governo português apenas reiterou que é preciso aguardar pela posição oficial da EMA.

“No quadro da União Europeia, consideramos que é fundamental que haja uma posição uniforme relativamente às recomendações e indicações fixadas pela EMA no que respeita a cada uma das vacinas. Se houver um berbicacho, então isso terá inevitáveis consequências no processo de vacinação”, apontou o primeiro-ministro.

António Costa mais referiu que o processo de vacinação na Europa tem estado “fortemente condicionado pela capacidade de produção a montante”, designadamente “pelo incumprimento por parte da AstraZeneca das suas obrigações contratuais”.

“Se houver restrições acrescidas, isso traduzir-se-á inevitavelmente numa maior morosidade na forma de desenvolvimento do plano de vacinação”, acrescentou, recordando que, de momento, na União Europeia, não existem vacinas alternativas para substituir imediatamente as desta farmacêutica.