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Apr 3, 2021 - 4 minute read

Algarvios arrasaram com goleada na Choupana

O Nacional somou ontem a sétima derrota seguida no campeonato ao ‘cair’ em casa por expressivos 5-1 ante o Portimonense, em jogo da 25.ª jornada da I Liga. Manuel Machado tem muito trabalho pela frente… Não foi feliz a estreia de Manuel Machado no regresso aos comandos do Nacional. No reatamento do campeonato, após a pausa para os compromissos internacionais, o Portimonense veio à Madeira golear os alvinegros, dando um passo assertivo na busca pela manutenção e deixando, por outro lado, os madeirenses em posição ainda mais aflitiva.

Dando início à sua quarta passagem pelo clube alvinegro, o técnico promoveu uma série de alterações no onze inicial, dando azo também a um estilo de jogo bem distinto, dando mais iniciativa ao adversário. A primeira ocasião surgiu assim para a equipa visitante, aos 14 minutos, quando Beto rematou contra o corpo de Rui Correia, fazendo a bola a descrever um arco na direção na baliza, e obrigando Piscitelli a mostrar-se atento.

Depois de um início com ascendente da equipa portimonense, o aproximar dos 20 minutos de jogo trouxe alguns momentos de maior aflição para a defensiva do Nacional, que respondeu aos 24 minutos, primeiro num remate rasteiro de Brayan Riascos e depois, dois minutos volvidos, num livre cobrado por João Vigário que desviou na barreira e saiu ao lado.

A equipa madeirense apresentava-se com uma estratégia bem diferente da que era habitual com Luís Freire, baseando-se num jogo mais vertical e menos apoiado, dando mais liberdade ao adversário.

Todavia, a estratégia não surtiu os efeitos desejados. Era o Portimonense a estar melhor no jogo, e foi sem grande surpresa que, aos 33 minutos, Beto apareceu na cara de Piscitelli para fazer o primeiro golo, numa jogada em que a defesa alvinegra ficou a ver jogar, deixando Moufi com espaço para cruzar de trivela.

Não ficou por aí a equipa de Paulo Sérgio, e aos 44 minutos, quase chegava o segundo golo do Portimonense, que não se materializou porque Luquinha chutou à figura de Riccardo Piscitelli. No minuto seguinte, porém, o médio brasileiro não desperdiçou, e depois de conduzir a bola até à grande área, confundiu toda a defensiva do Nacional, antes de colocar, em jeito, a bola no poste mais distante, deixando o guarda-redes italiano preso à relva.

Ao intervalo, Manuel Machado efetuou três substituições, com as entradas de Koziello, Rúben Micael e Kenji Gorré, rendendo Larry Azouni, João Camacho e Éber Bessa. O Nacional até melhorou por breves instantes, pelo menos ao nível da pressão ao portador da bola, mas foi o Portimonense, aos 49 minutos, a deixar o aviso, quase a ampliar o marcador, após uma perda de Nuno Borges, com Anderson Oliveira a centrar e Aylton Boa Morte a não chegar a tempo da emenda.

João Vigário ainda assustou, na cobrança de um livre, aos 50 minutos. Contudo o terceiro golo não tardou e com ele uma sentença definitiva no jogo, quando aos 54 minutos, Fahd Moufi voltou a assistir Beto, que marcou o seu oitavo golo na I Liga.

Já com cheiro a goleada, o pesadelo estava longe de acabar. Aos 63 minutos, a equipa de Portimão dispôs de um livre bem chegado à grande área, e coube ao recém-entrado Fali Candé a tarefa de cobrar o lance. Da primeira vez que tocou na bola, o avançado aumentou a vantagem para o Portimonense, atirando rasteiro para bem junto ao poste mais distante.

Na resposta, Gorré rematou à baliza de Samuel Portugal, mas o guarda-redes dos algarvios desviou para canto. Foi uma espécie de ensaio para o tento de honra, que apareceu aos 68 minutos. Rochéz, também ele acabado de entrar, e logo da primeira vez em que tocou no esférico, reduziu para a equipa da casa, com um remate que ainda foi desviado após bater em Willyan.

A toada não mudou muito, contudo, e o quinto golo esteve à vista num par de ocasiões, a mais evidente aos 74 minutos, quando Aylton lançou Beto com um belo passe a aproveitar a desmarcação, antes do avançado servir Luquinha, que atirou rasteiro, para encontrar a ‘mancha’ bem executada por Piscitelli.

Mesmo assim, os homens da casa começavam a aproximar-se mais da baliza, beneficiando sobretudo da entrada de Rochéz, que foi assumindo a função de referência atacante. Nos contra-ataques, porém, era muito perigoso o Portimonense.

O ponto de exclamação foi o quinto golo para os algarvios, já nos descontos. Um belo passe de rotura de Poha deixou Fabrício em boa posição para bater o guardião do Nacional e deixar o resultado no 5-1 que se manteve até ao apito final.