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Mar 17, 2021 - 3 minute read

Albuquerque ansioso
para resolver 11.º e 12.º anos

O cancelamento da vacinação da AstraZeneca poderá comprometer o regresso às aulas presenciais do secundário. Os alunos dos 11.º e 12.º anos têm exames. Vacinação Carla Ribeiro
A suspensão da vacinação com a AstraZeneca poderá comprometer o regresso às aulas presenciais dos alunos dos 11.º e 12.º anos, que têm exames nacionais. E isso está a preocupar o presidente do Governo Regional. Ainda assim, Miguel Albuquerque mantém-se otimista com a reunião que acontecerá amanhã com a Agência Europeia do Medicamento, onde serão tomadas decisões sobre se a AstraZeneca, que provocou algumas reações graves em alguns vacinados, poderá continuar a ser administrada. O chefe do Executivo madeirense, que ontem procedeu à entrega de equipamentos a bombeiros da Região, no Serviço Regional de Proteção Civil, referiu que a decisão é de prevenção. A conclusão é que não há ainda confirmação de que há uma relação entre a administração da vacina e as embolias verificadas. “De qualquer maneira, para evitar pânico, e receios infundados, os países decidiram, e acho bem, suspender a administração da vacina”, sublinhou o presidente do Governo Regional. Vacina essa que estava a ser administrada a toda a comunidade docente e não docente para que estes pudessem voltar às aulas presenciais logo a seguir às férias da Páscoa, ou seja, a 6 de abril.Ontem à tarde, Miguel Albuquerque reuniu com os secretários regionais da Saúde e da Educação na Quinta Vigia e ficou decidido que vão mesmo esperar até amanhã para, depois, decidirem como fazer com a comunidade escolar, sobretudo com aqueles que precisam de fazer exames nacionais. “Era importante que fizessem os exames em segurança e isso passava pela vacinação dos professores, dos auxiliares…”, disse, referindo que era importante que esta geração tivesse aulas presenciais no último período do ano letivo. A AstraZeneca tinha a vantagem de proporcionar um intervalo de três meses entre a primeira e a segunda doses. Eventos só com imunidade de grupo Entretanto, conforme frisou o presidente do Governo Regional, a prioridade continua a ser vacinar os idosos e os mais vulneráveis e os grandes eventos não se registarão sem que 70 por cento da população da Região esteja vacinada. Esta continua a ser a garantia de Miguel Albuquerque, o qual espera, contudo, que a Festa da Flor possa vir a acontecer na data já apontada. Ainda assim, não sendo profeta, conforme referiu, “temos de esperar e aguardar com serenidade”, afiançou. Já no que toca ao pedido do setor da Hotelaria, que tem urgência em ser vacinado, o presidente do Governo disse compreender a situação dos profissionais em questão, até porque os mesmos também correm alguns riscos. Têm alguma exposição. Contudo, para já, isso não acontecerá, estando a Madeira a seguir, rigorosamente, o Plano de Vacinação. Até à Páscoa, a Madeira vai manter as mesmas medidas restritivas. “Queremos a economia a funcionar mas temos de continuar com o recolher obrigatório. É fundamental que as pessoas evitem os convívios, evitem circular. É fundamental que se mantenha o número de novos casos de covid-19 baixo. Isso vem facilitar a vida de toda a gente”, afirmou ainda o presidente do Governo Regional.