O antigo presidente do Governo Regional reagiu ao caso gerado em torno do empréstimo de César do Paço a Rui Barreto, na sequência de uma notícia ontem divulgada pelo Expresso, dando conta de que o secretário regional de Economia terá omitido esse registo na declaração de rendimentos relativa ao ano de 2019. Em declarações exclusivas à 88.8 JM FM e ao JM, Alberto João Jardim desvalorizou o assunto e defendeu a liberdade de financiamento. “É tudo uma treta sem importância nenhuma", começou por dizer, acrescentando: “Se o Governo se deixasse perturbar por uma chachada dessas estávamos muito mal. Tanto quanto percebi, não houve ilegalidade nenhuma, houve um empréstimo.”

“A minha posição foi sempre muito clara: eu sou pela liberdade de financiamento. Isto é, quem tem dinheiro dá a quem quer e ninguém tem nada com isso. Este é um país de proibições, proíbe-se isto, proíbe-se aquilo, proíbe-se aqueloutro. Cada um oferece o que é seu, ninguém tem nada a ver com isso”, atirou.

O ex-governante prosseguiu: “Cada um dava o que queria a quem quisesse. Como é que se evitavam jogadas por trás? Era obrigatório, fosse um cêntimo ou fosse um milhão, que toda e qualquer doação a um partido ou a figuras dos partidos políticos, fosse publicada num jornal de dimensão nacional.”