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Apr 13, 2021 - 2 minute read

ACA recusa-se a sair da sede em tempo de pandemia

A Associação Conversa Amiga não quer colocar as suas sete dezenas de utentes em situação ainda de maior fragilidade. Despejo
A ACA (Associação Conversa Amiga) escreveu, ontem, ao presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, dando conta da sua oposição à caducidade do contrato de comodato e não vai abandonar as instalações, conforme solicitado pela Autarquia. Pelo menos enquanto não se verificar o levantamento integral das medidas de prevenção, contenção, mitigação e tratamento da covid-19. Esta informação foi também já publicada no edifício na rua da Alegria, onde a ACA trabalha desde que celebrou contrato com a Autarquia funchalense. A Associação em causa, que a 28 de fevereiro acusou a Câmara do Funchal, em declarações ao JM, de ter abandonado os sem-abrigo, vem agora sublinhar que os seus 78 utentes estão em grave risco em altura de pandemia, pelo que a decisão da Autarquia de retirar as instalações à ACA em sessenta dias, não vai ser cumprida. “A desocupação do imóvel em sessenta dias irá colocar os utentes desta associação em situação de grande fragilidade social”, refere Duarte Paiva, representante da ACA na Madeira, na missiva que enviou ao Município do Funchal. Sendo uma associação de solidariedade sem fins lucrativos, a ACA está intimamente dependente das receitas que são doadas por terceiros e por entidades públicas. Duarte Paiva acrescenta que a situação pandémica veio determinar uma forte contração de donativos de particulares, os quais representam 10% do total do apoio. O outros 90% vinham da Autarquia que prescindiu dos serviços por considerar, conforme também noticiou o JM, que a associação não estava a realizar um trabalho que correspondesse às expetativas iniciais.