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May 5, 2021 - 2 minute read

“A Madeira só tinha a ganhar se a TAP entrasse na Operação Charter”, afirma Paulo Neves

Perante o ministro da Economia, o deputado criticou, hoje, o facto da TAP se ter recusado a entrar na operação charter prevista para a Região e afirmou não fazer qualquer sentido que, perante os milhares de milhões de euros injetados pelos contribuintes portugueses na companhia, a retoma económica que se impõe não seja razão suficiente para contar com a sua participação O deputado Paulo Neves confrontou, nesta quarta-feira, o ministro da Economia com as acusações feitas pelos operadores turísticos portugueses de que a TAP nem sequer tinha respondido aos recentes pedidos de cotações para operações aéreas charters com a Madeira e o Porto Santo.

Uma postura por parte da TAP que o deputado eleito pelo PSD/Madeira à Assembleia da República estranha, tanto mais numa altura “em que esses mesmos voos se revelam fundamentais para a retoma económica da Região, pela via do turismo, da qual, pelos vistos, esta companhia não parece querer fazer parte”.

Paulo Neves que, lamentando a recusa da transportadora em associar-se a esta operação charter, diz mesmo não fazer qualquer sentido “que uma empresa apoiada por milhares de milhões de euros do povo português se dê ao luxo de rejeitar entrar, neste verão, no negócio lucrativo dos charters, que ainda por cima vão apoiar, como se sabe, a retoma económica do País e da Madeira”. Com a recusa da TAP, prossegue, “foi a espanhola Iberia que aceitou entrar neste tipo de operação assim como a SATA e é importante que esta inflexibilidade seja tida em conta para o futuro”.

Deputado madeirense que, ainda na sua intervenção na Assembleia da República, lembrou que a Região é pioneira nos Corredores Verdes quanto aos turistas que já estão vacinados contra a Covid-19 ou que apresentem teste realizado, lamentando que os turistas em trânsito por Lisboa e a caminho da Madeira tenham de sujeitar-se a fazer um teste no aeroporto de Lisboa devido à inexistência de Corredor Verde no principal aeroporto nacional. 

Aproveitando a presença do Ministro da Economia, Paulo Neves voltou a insistir, junto do governo da República, para que parte dos 505 milhões de euros de Bruxelas destinados ao aumento de capital do Banco de Fomento seja considerada como verba do Governo da Madeira para entrar no capital do Banco e apelou, por fim, a que o Estado coloque um ponto final no bloqueio geográfico da Madeira relativamente às vendas eletrónicas, reiterando que isto representa “uma discriminação inaceitável para com os consumidores da Região”.