O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira frisou hoje que “a democracia tem imperfeições e precisa de ser reformada” e que “a autonomia tem distorções e precisa de ser aperfeiçoada”. “Agora, mais do que nunca, sentimos o valor que têm as nossas liberdades individuais e o quanto elas nos fazem falta no nosso quotidiano e, sobretudo, percebemos melhor a realidade do tempo dos nossos pais e avós, que viviam muito condicionados como cidadãos, por um regime que coartava as liberdades”, disse José Manuel Rodrigues. “Se, ao fim de um ano de pandemia, estamos cansados, estamos fartos, estamos exaustos pelas restrições e pelos limites às nossas pequenas liberdades diárias, imaginem o que foi viver durante quase meio século em ditadura, e sem Liberdade e sem Democracia em Portugal.”

“O 25 de Abril não é propriedade de um grupo ou de uma ideologia”, disse ainda. “A nossa democracia e liberdade são património de cada um e de todos os portugueses.”

José Manuel Rodrigues considerou também que “não fora o 25 de abril, corrigido no sentido da sua pureza original pelo 25 de novembro, após uma revolução traumática, e nós continuaríamos entregues à governação de Lisboa e ao livre arbítrio do Terreiro do Paço”.

“A Democracia tem imperfeições e precisa de ser reformada; a Autonomia tem distorções e precisa de ser aperfeiçoada, mas hoje podemos dizer que esses processos políticos estão na base do salto qualitativo que o país e a Região deram nas últimas décadas”, referiu José Manuel Rodrigues. “Sem a Democracia e sem a Autonomia, a Madeira não teria os índices de crescimento económico e social que hoje ostenta e os madeirenses e porto-santenses não teriam o desenvolvimento humano de que hoje beneficiam.”