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Apr 2, 2021 - 3 minute read

536 ‘presos’ no continente e 15 não foram ao Porto Santo

Dos quase três mil que fizeram testes para viagens inter ilhas, 15, que iriam para a ilha Dourada, acabaram por ficar na Madeira, por receberem teste positivo para a covid-19. TESTES à Covid-19
A pandemia que mudou o mundo no início de 2020 e que chegou à Madeira a meados de março desse mesmo ano, já impediu 536 pessoas de viajarem para a Região, devido ao facto de terem revelado positivo para a covid-19 no teste feito gratuitamente, através dos protocolos existentes entre o Governo Regional e diversas instituições, no território continental. Por outro lado, desde que os testes PCR foram implementados como obrigatórios para as viagens para o Porto Santo (início de março deste ano), foram detetados 12 casos positivos e 3 inconclusivos, que foram impedidos de ‘navegar’ até a ilha Dourada. Números a que o JM teve acesso junto da Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil. Os dados relativos ao Porto Santo dão conta ainda que foram realizados 2932 testes no total das viagens inter ilhas, em que estiveram envolvidos 5.185 passageiros. Havia passageiros que por estarem imunes ou já terem sido vacinados, não necessitaram de fazer o teste (daí a diferença entre o número de testes e o número de testados) “No que respeita aos testes moleculares de amplificação de ácidos nucleicos (RT-PCR) para despiste de covid-19, feitos por viajantes com destino à Região Autónoma da Madeira no continente português, em laboratórios contratualizados pelo Governo Regional, foram feitos, até 21 de março, um total de 61.936”, admite a Secretaria de Pedro Ramos. Ou seja, quase 70 mil testes. Mais de meio milhar ficou retido no continente, tendo de cancelar a viagem para a Madeira. Já para a ilha Dourada, o procedimento foi o mesmo. De referir que desde que o Governo Regional implementou esta medida para o Porto Santo, muitas têm sido as vozes de descontentamento, tanto cá, como lá. Os de cá alegam que são muitos transtornos para dar “um pulinho” ao Porto Santo, por exemplo, num fim de semana alargado, como é este que hoje começa. Três dias de ‘escapadinha’ davam jeito mas muitos não querem sentir a zaragatoa pelo nariz acima. Os de lá, pelo menos alguns, afirmam que com esta medida, estão a atrasar a retoma da economia. Mesmo assim, há quem entenda que prefere perder clientes do que o vírus volte a atacar ferozmente naquela ilha que já tomou alguns sustos com o SARS-Co-V -2, sobretudo na altura do Natal e fim de ano, em que muitos porto-santenses se deslocaram à Madeira para convívios familiares ou para a passagem de ano e, no regresso, levaram o vírus para a recatada ilha.