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Feb 19, 2021 - 2 minute read

20 de fevereiro: Governo pede ajuda de todos na prevenção

Faz, amanhã, onze anos. Mas parece que foi ontem. As primeiras imagens que nos entraram pela casa, através de fotos colocadas no Facebook, guardámo-las na memória até ao fim das nossas vidas. Um bombeiro carregava, nos braços, já morta, uma criança que viajava numa viatura que subia a zona da Lusobrasileira. Ainda sentimos o cheiro da terra, da morte, da dor, quando, horas depois, saímos para o terreno. São momentos que nos marcam e que nunca vamos esquecer. Ano após ano. E se sentimos isto quando fomos meros espectadores, imaginamos a dor daqueles que viveram na pele o drama da aluvião de 20 de fevereiro de 2010. Foi uma noite chuvosa. Aliás, já chovia desde outubro ou princípios de novembro. Mas aquela noite foi particularmente agreste. O Funchal, sobretudo o Funchal, acordou transfigurado. Com pedras, rios de lama e entulhos. E se fossem só os estragos materiais, seria muito bom. Acontece que houve mortos (47), desaparecidos (4), desalojados (600) e feridos (250). Além disso, mais tarde, viemos a saber que tinha mil milhões de estragos.

Ao JM, o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas afirma que todas as ‘cicatrizes’ das ‘feridas’ feitas no Funchal estão saradas no que à recuperação diz respeito. Admite que poderá haver a necessidade de uma ou de outra obra nas zonas altas, mas realça que, agora, o que está a ser feito é um trabalho de prevenção e de mitigação dos riscos. Trabalho esse que é contínuo e que não pode ser apenas da responsabilidade do Governo Regional. Sem apontar o dedo a qualquer autarquia, o governante destaca que as Câmaras e os privados também têm de se envolver nestes trabalhos de mitigação. Recorda, a talho de foice, que há muitos terrenos de privados dentro de ribeiras.

Leia a notícia na íntegra na edição imprensa de hoje do seu JM.