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Feb 12, 2021 - 4 minute read

170 dos 5900 profissionais recusaram vacina

Pertencem a vários setores da Saúde pública na Região. São 170, aqueles que não quiseram receber a vacina contra a covid-19. SESARAM Dos 5900 profissionais do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM), 170 recusaram receber a vacina, conforme apurou o JM junto da Secretaria Regional tutelada por Pedro Ramos. O que corresponde a 2,8 por cento. Os dados foram apurados través de um inquérito realizado muito antes da vacinação avançar para o terreno. Inquérito esse desenvolvido pela própria Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil. A maioria dos que rejeitam receber a vacina alega medo dos efeitos secundários que a toma da vacina possa causar. Por apurar, fica quantos profissionais de outras áreas prioritárias também dispensaram a inoculação da vacina que previne a doença que está a virar o mundo. Ajudantes domiciliárias, bombeiros, farmacêuticos são alguns dos profissionais que já disseram também não à toma da vacina que permite que o mundo volte à normalidade.   Embora sem termos conseguido confirmação oficial, sabe-se que há elementos de outras classes profissionais que lidam, diariamente, com o perigo da covid-19 e que se recusaram a receber a vacina. Há também doentes prioritários que se dizem entre a ‘espada e a parede’.Por um lado, querem se proteger mas, por outro, temem consequências da vacina, muito embora, pelo que tem vindo a público, qualquer uma delas tem demonstrado ser segura.As primeiras vacinas administradas na Madeira, recorde-se, decorreram no último dia do ano e foram escolhidas cinco profissionais de várias áreas ligadas à linha da frente no combate à pandemia. O ato foi acompanhado pelo Governo Regional e pelos órgãos de comunicação social, que fizeram questão de marcar presença, em peso, no hospital dr. Nélio Mendonça, para transmitir em direto, as primeiras inoculações da vacina da ‘esperança’, como foi denominada.O primeiro lote de vacinas, da Pfizer, chegou à Madeira na madrugada de 30 de dezembro. Eram 9750 e davam para 4875 pessoas, uma vez que cada uma recebe duas doses. Os primeiros vacinados já estão imunes à doença. A 31 de janeiro, chegaram 11.750 mas estavam previstas 17.500. As que faltam deverão chegar no decorrer desta ou na próxima semana. Até maio, o Governo Regional espera ter vacinadas 50 mil pessoas. Até a última terça-feira e segundo a Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil, estavam vacinados na Madeira, cerca de 12 mil. As vacinas estão a chegar, paulatinamente, também a todos os concelhos da Região, onde os idosos com mais de 80 anos estão a ser inoculados com a primeira dose.

Maioria dos autarcas disse ´Não’A grande maioria dos presidentes de Câmara da Região já fez saber que dispensa a vacina até que todos os profissionais de saúde e idosos estejam vacinados. Isto apesar de, na lei, estarem contemplados na lista de prioritários. O receio não é da vacina e ou das consequências da mesma mas porque não se sentem bem receberem à frente de outros que têm mais possibilidade de ter sintomas graves e até de morrer se não forem vacinados e contraírem a doença.O inquérito realizado antes do arranque da vacinação concluiu que na saúde, houve recusa mas há outros setores também.Quem tem dúvidas que esclareça com o médico de famíliaSara Jesus, médica interna de Medicina Geral e Familiar no Centro de Saúde de Santa Cruz não tem dúvidas de que qualquer pessoa, sem contra -indicações para tal, deve ser vacinada. Acredita que há muita gente com dúvidas e entende que o melhor que essas pessoas devem fazer é consultar o seu médico de família e esclarecer tudo o que as atormenta. Sara Jesus realça, por outro lado, que a vacina é segura pelos foi reconhecida pela Agência Europeia do Medicamento pelo que não vê razões para que as pessoas se assustem tanto. Embora perceba todos os medos, sublinha que a vacinação é uma das mais importantes medidas de contenção desta pandemia.“Não sendo a única, é muito, muito importante e, por isso, não vejo razões para que se possa ter medo”, diz a médica já vacinada.