madeira news

Apr 20, 2021 - 2 minute read

“14% começaram a tomar ansiolíticos e antidepressivos na pandemia”, diz Ricardo Lume

Na precursão dos trabalhos no plenário madeirenses, na manhã desta terça-feira, segue-se a apreciação na generalidade do projeto de resolução, da autoria do PCP, intitulado ‘promoção da saúde mental em contexto covid-19’. Na respetiva apresentação, Ricardo Lume relevou que, no geral, “ao longo da vida, e à semelhança do que sucede na saúde física, podem surgir desequilíbrios da na saúde mental, que, “aliás, são bastante comuns e que qualquer pessoa independentemente da idade pode desenvolver este tipo de problemas”.

O deputado do PCP diz que “é razoável que a pandemia covid-19 poderá comprometer a saúde mental, pelo que é indispensável que estejamos devidamente preparados para dar a resposta a um problema cuja verdadeira dimensão está ainda por conhecer”.

De resto, conforme as suas palavras, um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública, “82% dos inquiridos admitiram efeitos negativos em consequência da pandemia, sentindo-se agitados, ansiosos ou tristes”.

Registou ainda que “de acordo com o Barómetro covid-19, “das pessoas que estão atualmente a tomar ansiolíticos e antidepressivos, 14% começaram a fazê-lo durante este período”.

Posto isto, entre outras reivindicações, o documento apresentado pelo PCP, pede “maior envolvimento dos cuidados de saúde primários na prevenção e tratamento das perturbações depressivas e do humor”, bem como que dote esses mesmos serviços de “um número de profissionais especialistas em saúde mental, nomeadamente de psicólogos e enfermeiros especialistas”.

Solicita ainda que sejam definidas e envolvidas “melhores articulações com as restantes unidades funcionais”, que “promova nos cuidados de saúde primários consultas específicas”, promova iniciativas para eliminação do estigma e discriminação das pessoas com doença menta”, e também que “desenvolva um plano específico de prevenção do suicídio relativo a crises económicas”, conforme explanou RIcardo Lume.