Chuva, nevoeiro, parques de merendas vazios e estradas praticamente desertas foi o cenário encontrado ontem, após uma passagem pelas zonas mais procuradas pelos madeirenses para festejar o 1º de Maio, Dia do Trabalhador. À hora de almoço, entre a zona das Carreiras, Poiso e Montado do Pereiro – locais que, por tradição, se enchem de gente neste dia, contavam-se pelos dedos de uma mão as famílias que tinham escolhido a serra para passar o feriado.

Já a meio da tarde, as poucas que se tinham aventurado a sair de casa neste dia, já tinham arrumado os sacos e já regressavam a casa, sob uma chuva que começava a se intensificar.

Recorde-se que este é o segundo ano em que não há atividades organizadas pelo Governo Regional no Montado do Pereiro. No ano passado, início da pandemia, as comemorações foram canceladas pelo Executivo madeirense e já nessa altura era pedido aos madeirenses para que evitassem ajuntamentos. A Madeira registava neste dia 86 casos de covid-19 e contabilizava 43 pessoas recuperadas da doença. Em Portugal já tinham morrido mais de mil pessoas e a doença já tinha atingido mais de 25 mil.

Este ano, e embora as recomendações das autoridades de saúde continuassem a ser as mesmas que aquelas que foram emanadas do ano passado, foi a chuva a grande responsável e que se encarregou de dissuadir as pessoas a saírem de casa.

Para o ano, quem sabe, as comemorações do 1º Maio já poderão ser festejadas livremente, como aconteceu até 2019.