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Mar 14, 2021 - 2 minute read

À terceira cai quem quer?

Por Edmar Fernandes Ao Nacional tem faltado quase tudo esta temporada, como atesta os dois terços de campeonato já disputados. Mas escasseia principalmente a capacidade para perceber que a objetividade pode ser um trunfo e que os momentos em que se ‘desliga o botão’ do futebol apoiado, assente em passes laterais e para trás, pode ser uma virtude. O Marítimo, por exemplo, ferido como há muito não se via, demonstrou isso mesmo, ontem, no dérbi que confirmou mais um ciclo negativo da equipa, o pior na presente temporada… Verde-rubros que já não venciam na casa do rival há 14 anos!Nesta altura, quando faltam onze jogos para a reta final do campeonato, o Nacional é o conjunto que atravessa a maior queda na classificação… Enquanto os demais adversários diretos na fuga à despromoção têm vindo a ganhar terreno (se bem que o Marítimo só o conseguiu na Choupana), os alvinegros pararam no tempo e estão já a dois pontos de distância dos lugares de descida.Se em 2016/2017, na primeira das duas últimas descidas recentes, Rui Alves e demais responsáveis pelo clube, demonstraram esforços práticos na tentativa de ‘sacudir’ a apatia desportiva e não compactuar com os acontecimentos nefastos que estavam a condicionar os resultados da equipa, trocando, nomeadamente, os treinadores (Machado – Jokanovic – João de Deus), embora sem sucesso, a história fatídica de 2018/2019 tem contornos muito semelhantes aos que têm vindo a ditar este preciso momento.Costinha, há dois anos, também conduziu os alvinegros ao título de campeão da II Liga. Mas sem pandemia! Ou seja, o campeonato foi discutido até ao fim, sem soluços, ao contrário do que sucedeu em 2019/2020. O que não deve, nem pode, retirar mérito ao Nacional de Luís Freire.As semelhanças entre Costinha e Luís Freire também se podem constatar na classificação, embora a vantagem, ao cabo de 23 jornadas, seja do antigo treinador dos preto-brancos, pois somou mais dois pontos nas mesmas 23 partidas. A equipa, então, tinha também mais dois golos marcados do que a atual, embora tenha consentido mais 15 golos no mesmo número de partidas. Permeabilidade defensiva explicada pelo descalabro na Luz, às 21.ª jornada, que terminou com números pesados: 10-0.